quinta-feira, 28 de abril de 2011

DESEMPREGO CAI 2% RMBH

Desemprego na RMBH em março de 2011 é menor que mesmo período do ano passado

Jean Carlo de Oliveira

Dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PED-RMBH) divulgados pela Fundação João Pinheiro (FJP), Dieese, Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete) e Fundação Seade mostram que houve redução da taxa de desemprego de março de 2011 em relação ao mesmo período de 2010. Este ano, o índice apontou 8,5% contra 10,2% registrados no ano anterior.

“A situação é favorável por que estamos começando o ano com uma taxa de desemprego menor que a do mesmo período de 2010. Há ainda uma expectativa de crescimento da economia em torno de 4,5%, o que contribui para que não haja aumento do desemprego. Se não ocorrerem sobressaltos, chegaremos ao final de 2011 com uma taxa anual menor que a de 2010”, afirmou o coordenador técnico da PED-RMBH pela Fundação João Pinheiro, Plínio Campos.

Em relação ao mês anterior, o mês de março de 2011 registrou aumento na taxa de desemprego total na Região Metropolitana de Belo Horizonte, passando de 7,8% em fevereiro, para 8,5% da População Economicamente Ativa (PEA). O número é igual ao alcançado em junho de 2010. Em relação a fevereiro houve aumento do número de pessoas economicamente ativas (15 mil ou 0,6%), enquanto o número de ocupados sofreu redução (-3 mil ou 0,1%), o que resultou em um acréscimo no contingente de desempregados (18 mil ou 9,6%).

Para Plínio Campos, o movimento do mercado de trabalho é o esperado para o período. “Nos primeiros meses do ano é normal que a economia fique desaquecida em função de uma série de fatores e, por isso, há elevação da taxa de desemprego. Mas, apesar desse crescimento em março, a taxa de desemprego de hoje é bem menor que os 10,2% apurados no mesmo mês no ano passado”, avaliou.

Em março, o setor de serviços foi o que mais contribuiu para o aumento do desemprego, registrando 15 mil ocupações a menos, seguido pelo agregado “outros setores”, que sofreu redução de sete mil ocupações. Em movimento contrário, comércio e construção civil apresentaram aumento de seis mil postos de trabalho cada.

“Cada setor tem sua especificidade. O de serviços, por exemplo, ocupa mais de 50% das pessoas na RMBH. A tendência é que, a partir de agora, com a economia mais aquecida, serviços e outros setores voltem a gerar vagas”, observou Campos.

Na comparação com o mês de fevereiro, o número de postos de trabalho no setor privado permaneceu estável. O contingente de trabalhadores com carteira assinada apresentou redução de 24 mil e, entre os trabalhadores sem registro na carteira, houve acréscimo de 24 mil. Foi registrado acréscimo de quatro mil vagas para as “demais posições” e de duas mil para o contingente de autônomos. Entre os empregados domésticos houve redução de seis mil ocupações.

Movimento em 12 meses

A pesquisa aponta que, entre março de 2011 e março de 2010, o nível ocupacional registrou redução de 1,7%. O setor de serviços perdeu 64 mil postos de trabalho e a indústria três mil vagas. A construção civil gerou 14 mil novos empregos, o comércio 12 mil vagas e, em menor proporção, o agregado “outros setores” registrou aumento de dois mil postos de trabalho. No período de 12 meses, o tempo médio de procura por trabalho diminuiu de 39 para 36 semanas.

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