Após tragédia ocorrida em uma escola municipal do Rio de Janeiro, em que um homem disparou com armas de fogo contra alunos dentro das salas de aula, abre-se o debate no Brasil sobre como as instituições de ensino podem se proteger contra ações semelhantes.
Em Montes Claros, desde o início de suas atividades, o Colégio Sólido investe em sistemas de segurança, que colaboram para o controle da entrada e circulação de pessoas dentro da escola. Além da presença de funcionários do colégio na portaria que recepcionam e identificam quem chega, um sistema interno de câmeras, espalhadas desde a entrada até os corredores, grava e armazena imagens, como detalha o diretor administrativo Charles Rodrigues Pereira:
- A rede de ensino atual tem investido no sistema de segurança com câmeras em circuito fechado, que ajudam bastante a identificar quem entrou e saiu da escola, além da pessoa notar que está sendo vista. No Sólido, trabalhamos também com catracas biométricas nas unidades do pré-vestibular e ensino médio, que identificam através da digital, sem a possibilidade de falsificação já que ela é única, além de um cartão e o uso obrigatório do uniforme para entrada dos estudantes. Isso traz uma tranquilidade, pois só entra aquele aluno que cadastrou previamente a sua digital e que é reconhecida pelo sistema. Os visitantes, no caso de fornecedores, são identificados na portaria, e geralmente já são pessoas que estão dentro de nosso círculo comercial, que nós já conhecemos e fazem parte da nossa rotina. Mas qualquer outra pessoa que venha a nos visitar, é feita identificação. Há situações que até mesmo nem chegam a entrar na escola, já que são atendidos na própria portaria – conta.
Para Charles Pereira, toda a segurança ainda é pouca, mas esse investimento é essencial para tentar inibir ações que venham a colocar em risco a integridade dos alunos.
- As agências bancárias, por mais que elas se protegem com portas giratórias, detectores de metal, mesmo assim, nenhuma delas é segura. Nelas, a gente não pode nem mais falar no celular. Os sistemas de segurança de qualquer escola são muito menores que o dos bancos. Mas buscamos outras maneiras de nos protegermos, como, por exemplo, evitando trabalhar com valores grandes na escola. Muitas vezes, o pai não entende isso. No dia a dia, querem efetuar pagamento de mensalidades na escola por falta de tempo. Isso poderia expor o aluno a um assalto, até mesmo com um refém – ressalta.
Sobre a fatalidade ocorrida no Rio de Janeiro, ele completa:
- O psicopata não tem um traço físico definido. Ele pode ter um desequilíbrio emocional que pode ser externado a qualquer momento. Não tem como saber quando ele vai agir e de que forma. Mas buscamos inibir o máximo possível este tipo de ação
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