quarta-feira, 13 de maio de 2015

Sebrae prevê investimentos de mais de R$ 47 bilhões em Minas

Estudo publicado pelo Sebrae Minas estima que o estado vai receber mais de R$ 47 bilhões em aportes nos próximos dois anos. As projeções de investimentos concentram-se no setor industrial, com R$ 31,6 bi, e contemplam todas as regiões de Minas Gerais. A previsão é que o setor de serviços receberá aportes de R$ 9,7 bi, enquanto o agronegócio ficará com R$ 3,5 bi e o comércio com R$ 2,2 bi.

“Esse não é um número fechado. Ele pode ser maior porque ainda temos os investimentos que serão anunciados. Fizemos uma compilação de todos os aportes confirmados para os próximos dois anos, até março de 2017”, esclarece a analista de inteligência empresarial do Sebrae Minas, Paola La Guardia. Para o levantamento, o Sebrae Minas considerou as informações sobre investimentos divulgadas pela imprensa nos últimos meses.

O levantamento aponta que setores tradicionais da economia mineira, como a indústria automobilística e de fertilizantes – a mineração ainda concentra a maior parte dos recursos - perderam espaço para outros em ascensão, como os setores de energia e de infraestrutura de transportes - sinais da diversificação da economia mineira.

De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), os setores que têm despertado mais dos investidores privados são: alimentos e bebidas, energias renováveis, indústria química, farmacêutica e cosmética, comércio e e-commerce e eletroeletrônico. Em 2014, eles foram responsáveis pela maioria dos 180 protocolos assinados com o Estado, no valor total superior a R$ 12 bilhões.

Ainda segundo a Sede, grandes grupos empresariais como a Nestlé, Itambé, Walmart, CSN e Embaré já anunciaram para este ano a concretização de projetos de expansão com o apoio do governo estadual. A expectativa da Sede é que os investimentos em 2015 superem os de 2014, mesmo diante de um quadro de baixo crescimento.

Recursos divididos

Entre os investimentos, destaca-se a construção de um novo centro de distribuição do Walmart na região Central. Embora essa região continue a receber a maior fatia dos aportes, o estudo indica que as demais também vão atrair grandes novos negócios.

Um exemplo é a região do Rio Doce que, depois da Central, é a segunda na lista das que vão receber mais investimentos industriais: estão previstos mais de R$ 3,6 bilhões. Somente a siderúrgica Aperam South América vai investir na fábrica em Timóteo o montante de US$ 17 milhões.

O Sul de Minas vai ser beneficiado com a expansão da sua indústria alimentícia. Até o momento, foram confirmados os investimentos da Ferrero do Brasil, no valor de R$ 54 milhões, em Poços de Caldas, e do Grupo Danone, que vai construir uma nova fábrica na mesma cidade, destinada à divisão de nutrição infantil.

O Triângulo Mineiro, por sua vez, vai receber quase que a totalidade dos aportes voltados para o agronegócio - mais de R$ 3 bilhões. Destaca-se, ainda, que o Triângulo Mineiro, bem como o Noroeste, Norte e vales do Jequitinhonha e Mucuri, podem receber vultosos investimentos do setor de energia solar por causa da quantidade e intensidade da luz do Sol.

Neste ano, vai ser realizado o primeiro leilão estadual de energia solar fotovoltaica. A iniciativa vai viabilizar a instalação de, no mínimo, seis parques fotovoltaicos, com investimento total estimado em R$ 1 bilhão, além do desenvolvimento de uma nova cadeia produtiva.

Atração de investimentos

O Governo de Minas Gerais tem trabalhado para tornar o Estado cada vez mais competitivo, com um ambiente seguro e propício aos investimentos privados. Para isso, o Estado conta com linhas diferenciadas de financiamento, oferecidas pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), além de uma agência específica para atração de investimentos em todo o Estado, o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi).


A Sede já possui alguns projetos para aumentar a atratividade de Minas Gerais junto ao empresariado brasileiro e estrangeiro. A grande ação da pasta será a criação de políticas de desenvolvimento para o estado. Anteriormente, as atividades eram voltadas quase que exclusivamente para a Região Metropolitana de Belo Horizonte. A proposta, agora, é compreender as realidades de cada um dos 17 territórios de desenvolvimento e construir políticas que atendam, de fato, as necessidades dos mineiros.

Ministério da Saúde esclarece procedimentos sobre a vacina contra a dengue



O Ministério da Saúde analisa, continuamente, as diversas pesquisas, no Brasil e no mundo, que buscam desenvolver vacinas contra a dengue, com o objetivo de conhecer seu estágio de desenvolvimento e as possibilidades de uma futura incorporação no país.


O Ministério da Saúde tem apoiado, de forma decisiva, o fortalecimento dos produtores públicos nacionais de vacinas, utilizando o poder das compras centralizadas para o SUS, como garantia de processos de transferência de tecnologia e parcerias de desenvolvimento produtivo desses produtores com laboratórios internacionais. Vale ressaltar que essa política tem possibilitado aos laboratórios nacionais a produção de vacinas como a de influenza, HiB, pneumocócica, rotavirus, tetraviral, HPV e tantas outras. Como a prioridade absoluta é adquirir as vacinas dos produtores nacionais, o Ministério só faz compra no mercado internacional quando esses imunobiológicos não são produzidos no Brasil ou quando os laboratórios nacionais enfrentam problemas em sua produção.


Para a vacina contra a dengue, o Ministério da Saúde tem acompanhado e apoiado os esforços de desenvolvimento realizados pelo Instituto Butantan e por BioManguinhos, que atualmente encontram-se em diferentes estágios.


Ainda não há nenhuma vacina contra dengue licenciada em qualquer país. A Anvisa recebeu, em 31 de março, o primeiro pedido, em todo o mundo, de registro de uma vacina contra a dengue produzida pelo laboratório Sanofi. Essa solicitação está sendo analisada, com todo o rigor técnico que se exige para que uma vacina possa ser aplicada em população humana, principalmente por se tratar de produto inédito.


Se registro for concedido pela Anvisa, o produto pode ser utilizado, entretanto isso não significa que sua introdução no Sistema Único de Saúde.


Após o processo de registro, essa vacina, como qualquer outro produto ou tecnologia, será avaliada pelos Comitês Técnicos Assessores em Imunizações e em Dengue, do Ministério da Saúde, que reúnem especialistas e sociedades científicas e, ainda, pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Nessa análise levam-se em conta todas as evidências científicas disponíveis para estabelecer se a incorporação é vantajosa do ponto de vista da saúde pública, analisando-se, além da segurança e da eficácia, o custo-efetividade, o impacto epidemiológico esperado, o protocolo e estratégia de utilização do produto e o impacto orçamentário que será produzido. Esses parâmetros são utilizados em todos os mecanismos de avaliação de incorporação de novas tecnologias que existem em países desenvolvidos.






A vacina contra a dengue que está em desenvolvimento pelo Instituto Butantan ainda não completou todos os estudos necessários para solicitar o registro do produto na Anvisa. Essa vacina encontra-se em processo de finalização do ensaio clínico de fase 2, que deve estar disponibilizado para análise no final de junho. Nessa etapa, busca-se garantir a segurança da vacina para a população e avaliar a resposta dela ao vírus. 


O Instituto Butantan solicitou à Anvisa, no dia 10 de abril, análise do processo de ensaio clínico de fase 3. Esse estudo, que visa comprovar a segurança e eficácia do produto, tem sua realização obrigatória para que se conceda, após sua conclusão, o registro da vacina. O Ministério da Saúde solicitou à Anvisa prioridade na análise do processo da fase 3. Após essa autorização, o Instituto Butantan poderá iniciar essa fase final de estudo.


O Ministério da Saúde tem se preparado para estabelecer as estratégias de utilização de vacinas de dengue, quando estiverem disponíveis. Com o apoio de uma rede de pesquisadores brasileiros, estão sendo estudadas as prevalências de cada sorotipo da doença nas diversas regiões do país, para estimar quais os grupos prioritários a serem vacinados. Esses estudos, realizados em 63 cidades brasileiras, são pioneiros em escala internacional e fornecerão uma base científica consistente para uma futura utilização racional de vacinas contra a dengue.


Mesmo com a possibilidade de contar, no futuro, com uma vacina contra a dengue, o combate ao Aedes aegypti continuará como uma prioridade de saúde pública, seja porque as vacinas poderão ter eficácia limitada, seja porque outros vírus, como o Chikungunya e o Zika, também podem ser transmitidos por esse mesmo mosquito.


As ações de combate ao vetor que são realizadas pelo poder público e pela sociedade são efetivas para reduzir a população de mosquitos transmissores e evitar epidemias de dengue, quando são adotadas de maneira permanente. Da mesma maneira, a boa preparação da rede de atenção à saúde, com divulgação dos protocolos elaborados pelo Ministério da Saúde entre os profissionais de postos, centros de saúde, UPAs e emergências públicas e privadas, é capaz de evitar casos graves e mortes

segunda-feira, 11 de maio de 2015

QUIXADÁ CONSOLIDA SUA VOCAÇÃO CULTURAL COM ENCONTRO DE LEITORES


               
No próximo dia 16 de maio, Quixadá, localizada a 167 quilômetros de Fortaleza, capital do Ceará, sedia o I Encontro de Leitores do Sertão Central, confirmando sua vocação cultural, pois abriga o Memorial Raquel de Queiroz.
Com o objetivo de fomentar a leitura na região, Elileude Júnior organizou o evento através das redes sociais. Com adesão dos leitores, o organizador conquistou também apoio de empresários e de editoras, ultrapassando assim, a fronteira do Estado cearense.
- Não imaginávamos consegui esse apoio em nosso primeiro encontro. Isso demonstra o quanto estamos carentes desse tipo de evento. Isso sinaliza que estamos apenas dando nosso primeiro passo a favor da cultura em nossa reunião – Afirma Elileude.
Arusha Kelly Carvalho de Oliveira, 37 anos, professora da rede estadual de Fortaleza, diz que todos ganham com esse tipo de evento.
- O melhor ponto que podemos elencar nesse evento é o de estímulo à leitura para os jovens. Principalmente, para os jovens do interior, que são acometidos de uma dificuldade em ter acesso à livros e/ou outros meios de leitura. Trazer essa realidade e possibilidade para próximo deles, é proporcionar um crescimento, cultural e uma transformação como cidadãos.

Para a jornalista e escritora Fabíola Cangussu, mineira de Montes Claros, autora do livro Reencontrando-se, todo evento cultural tem o poder transformador e merece o apoio da sociedade.
- Receber o convite de um jovem para participar de um encontro, onde a literatura é a estrela, foi muito emocionante. Sabemos como é difícil organizar eventos culturais e a importância de receber o apoio da sociedade. Acredito que Quixadá está dando exemplo ao resto do Brasil.
A escritora ressaltou também a força da juventude de Quixadá ao falar sobre o legado deixado pelos jovens após o encontro.

- Esses meninos e meninas, que estão organizando e apoiando o encontro, são exemplos do que esperamos de nossa juventude. É lindo ver jovens apoderando-se do seu destino. Certamente a literatura tem esse poder. Desperta o desejo ir além. Não resta dúvida que outros irão se espelhar neste momento e serão multiplicadores – afirma a escritora.



EDITORAS RECONHECEM A IMPORTÂNCIA DO ENCONTRO DE LEITORES

A diretora de Marketing da editora Gente/Única Jacqueline Larrosa enviou nota falando sobre a importância de realização do I Encontro de Leitores do Sertão Central.
- Apoiamos este tipo de ação pois acreditamos que a leitura tem que ser acessível a todos, e em encontros assim de apaixonados por livros um acaba incentivando o outro a ler cada vez mais, trocando experiências e suas paixões literárias.
O departamento de marketing da editora Rocco também escreveu sobre a importância de eventos que incentivam a leitura.
-Da nossa parte, acreditamos que todo e qualquer encontro que promova o hábito da leitura é muito importante para o crescimento cultural do país e seus cidadãos. Apoiar eventos, encontros e reuniões realizados por fãs/leitores é a maneira que temos de nos aproximar deles. Além disso, receber feedbacks sobre o nosso trabalho nos incentiva a continuar levando cultura, diversão e entretenimento através das páginas dos nossos livros.
Diretora da Editora Angel, Cláudia Pereira afirma que encontros de leitores propicia a troca de ideias e o intercâmbio cultural.
- O autor é o que mais ganha. Pois hoje em dia muitos leitores acabam lendo um livro por causa de indicação de quem o leu. É de suma importância apoiar esse tipo de evento. Promover cultura é o mesmo que promover o desenvolvimento de nossa gente - afirma