Erica Daniella considera a distribuição de camisinha feminina tão importante quanto a masculina ( FOTO: FABÍOLA CANGUSSU)Fabíola Cangussu
Repórter
A terça-feira de carnaval será no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Segundo a estatística, o público feminino é o que apresenta maior crescimento de infectados. Levando em conta os números e a data, a campanha de prevenção para este carnaval tem como slogan: BOTE CAMISINHA EM SUA HISTÓRIA DE CARNAVAL.
A biomédica Erica Daniella Matos relembra que nos quatro primeiros anos após a descoberta da Aids não teve nenhuma notificação da doença em mulheres.
- A doença no início ficou restrita aos homossexuais, as prostitutas, aos usuários de drogas. Mas há muito essa realidade mudou. Adolescente e mulheres casadas são infectadas diariamente pelos seus parceiros. Mostrando que a doença não se pega somente em sexo casual, a campanha deste ano vem chamar a atenção das mulheres para que a camisinha seja usada em todas as relações sexuais – explica a biomédica.
Na campanha serão distribuídos 700 mil porta-preservativos, 500 mil leques e 300 mil volantes e cerca de 1,5 milhão de camisinhas masculinas. Esse material será entregue à população por meio das Gerências Regionais de Saúde, municípios e parceiros, como ONGs, Polícia Militar, Escola de Saúde Pública e outras secretarias.
Erica Daniella alerta quanto a necessidade da mulher se cuidar e critica a falta do preservativo feminino no kit da campanha.
- O se gostar e saber dizer não é algo que as mulheres necessitam aprender o mais rápido possível. O método mais seguro de evitar o contágio no público feminino é o saber respeitar o seu corpo e sua vida. Por isso acho importantíssima a distribuição da camisinha feminina, além da masculina. Isso dar a mulher mais autonomia. Lógico que ela pode ter em sua bolsa a masculina, mas a feminina lhe propicia o apoderamento da escolha – conclui a biomédica.
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