Professor Handerson Leonidas Sales, coordenador do congresso
Tomás Aquino presenteou participante do congresso com um dos seus livros
Entidades de agricultura orgânica presenteou palestrante com seus produtos
(Fotos: Fabíola Cangussu
Fabíola Cangussu
Repórter
O especialista em Terceiro Setor Tomáz Aquino
Resende conseguiu chamar a atenção das entidades sem fins lucrativos e dos
estudantes, ao afirmar que este setor
tem imunidade fiscal, durante palestra ministrada na última quinta-feira, no I Congresso Norte Mineiro do Terceiro
Setor, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais, Campus Montes.
A afirmação de Tomáz Aquino é baseada no Artigo 150
da constituição Federal que estabelece,
com relação às imunidades de impostos sobre o patrimônio, renda e serviço, bem
como como relação à contribuição patronal da previdência pública.
- Isso
significa que as imunidades tributárias, para serem reconhecidas, não necessitam de outros atos por parte do
Estado, tais como declaração de utilidade pública ou certificação de entidade
beneficente ou filantrópica, bastando a comprovação do preenchimento dos
requisitos relacionado as entidades sem fins lucrativos. Devemos lembrar que
não pode lei ordinária ou lei de hierarquia inferior, ou simples atos
administrativos, modificar o que a Constituição e a Lei Complementar
estabeleceram como é o caso da cassação da imunidade quando a entidade remunera
seus dirigentes, o que, por qualquer ângulo que se analise, é muito diferente
de distribuição de rendas e lucros- explica Tomáz.
Mas o especialista alertou para o risco das
entidades pararem de pagar os tributos, sem antes tomarem medidas legais.
- Se pararem simplesmente de pagar, certamente a
entidade será penalizada. Portanto o departamento jurídico deve tomar as
medidas necessárias. Pois já é jurisprudência – afirma Tomáz.
PONTOS DE AVALIAÇÃO DO TERCEIRO SETOR
O palestrante abortou também a importância do setor
para o desenvolvimento do país, avaliando alguns pontos
Entre os positivos:
* O Terceiro
setor realizada ações que muitas vezes o Primeiro setor, não consegue sozinho,
como é o caso da saúde. Tomáz, com base
em dados concretos, afirma que se as entidades sem fins lucrativos da área da
saúde,em Belo Horizonte ,deixarem de existir, certamente haveria um caos.
*Sobre as acusações de que as entidades nascem
apenas para retirarem recursos públicos, ele afirma que apenas 35% recebem
dinheiro público. Significando, que 70% atuam sem receber dinheiro do governo.
*Elas tem o poder de fomentar o mercado econômico, e
são grandes empregadoras
Quanto aos erros, os mais comuns, apontado por
Tomáz, são a administração amadora e a falta de transparência.
- A administração tem de ser profissional. Quando
se administra algo, necessita conhecer o seu objeto. Se vai atender pacientes
com câncer, tem que se inteirar de tudo sobre o tema. Como são os tratamentos,
qual a maior incidência da doença em sua região. Onde existem pesquisas sobre
diagnósticos e tratamento. Tudo o que se referir ao tema deve ser levado em
conta pela administração. E a transparência é fundamental. Essas entidades
precisam ser transparentes. Precisa se mostrar para a sociedade – afirma o
especialista.
DESAFIO DO CONGRESSO
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