Adriana Queiroz conversa
com a autora de REENCONTRANDO-SE
A jornalista Fabíola
Cangussu é montes-clarense e acaba de lançar seu primeiro livro “Reencontrando-se”.
A data está marcada para o dia 13 de janeiro na Loja Colaborativa Mãos com
Arte, na Rua Dr. Veloso, 534ª, centro de Montes Claros, as 19h30.
Drikka: Fabíola, para começar, pode nos contar um pouco mais sobre você. Autora: Sou filha de Pedrinho
e Bela, pessoas lindas que se dedicam a espalhar o bem. Aprendi com eles a
necessidade de agradecer as dádivas da vida e apreciar o belo, assim, cresci
apaixonada por nossa gente, amando nossa cultura e sabendo que temos potencial
de sermos cada dia melhores e de fazer a diferença. Minas é assim, Montes
Claros também.
Drikka: Quando
e como você descobriu a vontade de ser escritora?
Autora Escrever é a
consequência de quem gosta de ler! Sou adepta da leitura desde pequena. Minha
mãe é professora primária aposentada, e teve muito cuidado com suas filhas, nos
ensinando a ler, mesmo antes de entrarmos na escola. Quando iniciei os estudos
formais, minhas maiores notas era em Composição e história. Depois formei em
jornalismo e nunca mais parei de escrever.
Drikka: De
onde veio a inspiração para o seu livro?
Autora: Eu estava escrevendo
outro livro, e a história de Luiza surgiu em minha cabeça. Parei e me dediquei
a conhecer essa personagem e seus amigos.
Drikka: Você já
conseguiu definir quem é seu público leitor? Escreve pensando nele?Autora:
Uma editora fez um
estudo mostrando ser mulheres a partir de 25 anos, mas eu discordo. Escrevo
para a família. Escrevo para a adolescente, escrevo para a mulher dos nossos
dias, escrevo para as mães e também para os pais. Enfim, escrevo histórias para
que pessoas possam conversar entre elas.
Drikka: Teve algum autor em quem você se espelhou ou que a inspirou de
alguma forma?
Autora: Minha vida é rodeada de bons autores.
Acredito que eles existam em mim, uma vez que também somos o resultado do que
lemos. Amo Drumond, com sua capacidade de escrever sobre o cotidiano. Raquel de
Queiroz com o talento de falar sobre o apoderamento da mulher, sem esquecer
Fernando Sabino, um homem menino, com alma de Minas... Eu teria de escrever uma
série para citar todos. Amo e aplaudo centenas de talento da
literatura... Em especial, Rosa, autor que humildemente homenageio em REENCONTRANDO-SE.
Drikka: O
que a literatura significa para você?
Autora: Companhia. Sinto-me bem
acompanhada pelos autores que me fazem viajar, desejar conhecer novas
possibilidades... Literatura incentiva a ir além. O livro nos faz querer
conhecer a Estrada Real, o sertão mineiro, a França de 1930 ou o Caribe
de Rob Kidd. Vale sempre a pena incentivar a leitura.
Drikka:
Conta um pouco pra gente do REENCONTRANDO-SE. Estou curiosa, ainda não li.
Autora É uma história sobre o amor. Amor de
mãe e filha. Amor entre amigos e o amor afetivo. Eu escrevi uma história
para lembrarmos que amar vale sempre a pena, principalmente, quando amamos a
nós mesmo. Impossível amar o outro, se não nos dedicamos esse sentimento a
nossa pessoa. E para contar essa história, Minas é cenário e personagem. Nossa
gente e cultura interferem e servem de moldura para o desenvolvimento da vida
de Luiza e amigos.
Drikka: Fabíola o que realmente te motivou a
escrever REENCONTRANDO-SE?
Autora Uma vez, li
uma entrevista de Jorge Amada falando que o personagem o cutuca e tem vida própria.
Eu achei isso engraçado, mas é realmente isso que ocorre. Luiza chegou e não
saiu de minha mente, até a história dela ser contada (risos) Eu amei conhece-la
e ter a oportunidade de apresentar, com simplicidade, aos leitores.
Drikka: Qual foi a maior dificuldade que
encontrou ate hoje?
Autora: Quando decidir ser
autônoma. Sair da avenida e decidir a trilhar as ruas de bairros, e muito mais
difícil, porém prazerosa. E para ser possível fazer esta escolha, tive que
contar com o carinho dos amigos. Os jornalistas de Moc abraçaram-me. Isso não foi surpresa, pois temos
pessoas lindas e carinhosas que sempre apoiam uns aos outros. E também,
preciso ressaltar empresas como Versátil, Cezar Costa Decoração, Rádio 98FM,
LFG, unidade de Montes Claros e agora, a Loja Colaborativa Mãos com Arte. Cada
um contribuiu de uma forma. Alguns com a produção e impressão, outros com
viagem de divulgação, local de lançamento, e espaço em seus veículos de
comunicação. Como é o caso da coluna Gente e ideia, no qual agradeço a todos os
veículos e jornalista.
Drikka: Suas histórias e textos surgem em lugares inesperados? Aí você sai
correndo para escrever?
Autora:
(Risos) Não tenho um padrão definido.
Dizem que os profissionais da escrita se dedicam em horário correto, como todo
trabalhador... Mas no meu caso, os personagens conversam comigo durante
uma caminhada, ou mesmo no meio da noite. Mas eu espero o momento para sentar
na frente do computador e escrever o que eles me disseram (risos).
Drikka: Você lê vários ao mesmo tempo?
Autora Não. Leio rápido,
assim consigo ter acesso a muitos títulos. Mas cada um no seu momento. Sei que
tem muitos que fazem isso, e acho bacana. Afinal somos seres múltiplos.
Drikka: Como estão os preparativos para o
lançamento? Esta ansiosa?
Autora: Sim, estou ansiosa. Quero muito rever
amigos e conhecer novos. É como se estivesse preparando uma festa de
aniversario, rezando para que os amigos venham nos abraçar e trazer energia
positiva para seguirmos enfrente. Assim convido aos leitores do Gente e Ideias
a comparecer ao nosso lançamento, e por favor, convidem também os amigos.
Espero vocês para uma conversa agradável. Tenho certeza de que irão adorar
conhecer Luiza.
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