sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Galeria de Arte Cemig expõe Quem não cuida de si que é terra... erra

Asom/Cemig

As artistas plásticas Marina Romagnoli Bethônico e Hortência Abreu descobriram a semelhança de seus trabalhos. E a partir desta descoberta resolveram experimentar a criação de algo novo, que possuísse a essência das duas, mas que fosse único.
O resultado da parceria pode ser conferido na exposição “Quem não cuida de si que é terra... erra”, que a Galeria de Arte Cemig apresenta a partir da próxima sexta-feira (9/9). O trabalho consiste em 25 gravuras em metal, das quais quatro são de produção conjunta, realizadas neste ano. As restantes são trabalhos individuais realizados em 2010.
“A ideia da produção surgiu por termos encontrado diálogos entre as nossas pesquisas e, a partir disso, tivemos vontade de desenvolver novas gravuras a quatro mãos. Essas novas gravuras seriam novas imagens, sem a interferência direta das imagens individuais anteriores, como se fossem compostas por uma terceira pessoa”, explica Marina Bethônico.
As artistas esclarecem que a opção de expor conjuntamente veio da pretensão de aproximar os trabalhos a partir de uma nova prática, a da gravura conjunta. Assim, para Marina, “a exposição vem para uma melhor compreensão do trabalho, por envolver a montagem das obras, tanto as individuais quanto as produzidas em conjunto, que nos exige escolhas diante das imagens”.


Criação

E ela explica como foi o processo de seleção dos trabalhos. “Em Architettura, obra de minha autoria, localizamos imagens de portais que se relacionam às imagens da série A uma ordem do ar, de Hortência Abreu: a possibilidade dupla da abertura e fechamen­to, de deslocamento, de construção de uma visão distanciada do chão, do costumeiro.”
Marina Bethônico continua dizendo que “o desejo de liberdade direcionado para a invenção, seja na figura de Santos Dumont, o homo viator das gravuras, arquétipo de um ideal de passagem, seja na invenção de um mundo de portais que não se sabe ao certo se existem ou não”.
Para Hortência Abreu, os portais fornecem uma dupla possibilidade de entrada e saída que as cenas revelam com o pouso e o voo, sempre expondo tensões entre dois pólos, capazes de fazer pensar sobre o que há entre eles, “nos fazendo refletir sobre a errância, como algo fundador de inúmeras possibilidades de existência”.
Artistas

Hortência Abreu e Marina Romagnoli Bethônico são naturais de Belo Horizonte, onde vivem e trabalham. Ambas são bachareis em Artes Visuais com habilitação em Gravura, graduadas pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Em outubro e dezembro de 2010, Hortência participou das exposições Bienal Zero e Off the Wall, ambas da UFMG.
Marina participou, em 2008, da Mostra de Artes Visuais da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG. Em 2009, participou da exposição Pesquisas, na Galeria da Escola de Belas Artes; da Mostra de Artes Visuais, na Reitoria e da exposição A Arte da Palavra, na Faculdade de Letras. No mesmo ano, participou da exposição Arte Pública – xilogravura mudando uma cidade, em Resende (RJ), e em 2011 participou da exposição Formandos, na Galeria do Centro Cultural da UFMG.

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