ALUNOS DE MEDICINA RECEBEM
PREMIAÇÃO NA BRASCON
Estudantes desenvolvem trabalho em
prol de tratamentos terminais
oncológicos e ensino de medicina.
Foto (divulgação)
Samara Nogueira
A fase terminal nos
pacientes oncológicos na perspectiva do estudante de medicina. Esse foi o tema
do trabalho pelo qual Ana Lídia
Ferreira e Enzo Santiago receberam o prêmio de
2º lugar na Brascon( Brazilian Graduate Students Conference) 2017. Estudantes do
segundo período do curso de Medicina das Faculdades Santo Agostinho, em Vitória
da Conquista, Bahia, eles foram os únicos brasileiros da área a receberem a
premiação.
O projeto nasceu após
identificarem a dificuldade dos médicos em lidar com pacientes em fase terminal
de câncer. Para descobrirem a raiz desse problema, eles analisaram a grade
curricular dos cursos atuais de Medicina. “ Descobrimos que muitas faculdades
não ofereciam o contato e o estudo com pacientes. Então, começamos a questionar
como isso afeta o futuro profissional do estudante”, explica Enzo. Eles foram
orientados pelo Rádio Oncologista e Coordenador do Curso de Medicina, Luiz
Henrique de Almeida Ventura.
Para a elaboração do
projeto, os acadêmicos consideraram não só os médicos, mas os outros
profissionais envolvidos no tratamento da doença. “Levantamos também a questão
multiprofissional e começamos a questionar como desenvolver um tratamento
melhor para esse paciente. Muitas vezes, as pessoas não morrem só por causa do
câncer e sim pela tristeza”, enfatiza Enzo. Além dessas duas vertentes, eles
analisaram a perspectiva da doença na visão dos pacientes e familiares, tentando
entender como o estado psicológico deles influencia no tratamento.
Os alunos apresentaram
o trabalho nos Estados Unidos no período de 9 a 11 de março, na Universidade do
Sul da Califórnia, em Los Angeles. A Brascon é considerada a maior conferência
internacional desenvolvida por brasileiros doutorandos ou pós-doutorados. Ela tem
como objetivo a troca de conhecimento científico e tecnológico. Além do prêmio,
a experiência proporcionou possibilidades de trabalhos para os estudantes.
“Estamos felizes. Recebemos várias propostas de pessoas que querem trabalhar
com nosso projeto”, afirma Enzo. Lídia completa ressaltando a importância da
instituição durante todo o processo.
“A experiência foi
incrível. Embora você deseje um dia apresentar algum trabalho no exterior,
parece que é algo fora da realidade. Vi que, para participar, basta querer
estudar e receber apoio da instituição de ensino ”, afirma a estudante.
Apesar do prêmio, o
trabalho ainda não terminou. Os jovens pretendem desenvolver mais o projeto,
ampliando-o para uma gama maior de profissionais e estudantes. Eles buscam,
dessa forma, chegar a conclusões mais específicas sobre o assunto. “ Vamos
continuar o trabalho com estudantes de todos os períodos e os demais
profissionais envolvidos. O objetivo é dizer se a diretriz do curso de medicina
é eficiente ou não”, explica Ana
Lídia
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